Games - Game Boy Advance
Dragon Ball Z The Legacy of Goku II
Estilo: Rpg-Ação
Data: Março, 2003
Produtora: ATARI/ Webfoot
Com o fracasso do primeiro jogo da 
série Dragon Ball, os jogadores e fãs ocidentais ficaram constrangidos, já que era 
o único game da série Dragon Ball lançado exclusivamente no nosso lado do mundo. 
E, por isso, não foi com os mesmos olhos que eles olharam a nova versão da saga, 
Dragon Ball Z The Legacy of Goku II. Não foi tão esperado quanto a primeira 
versão. A especulação era de que seria apenas uma "cópia caça-níqueis" do 
primeiro game. Afinal, se o primeiro era ruim, o que esperar do segundo?
Bem mais que o primeiro. A seqüência de Dragon Ball Z The Legacy of Goku foi 
obviamente melhorada, tanto nos gráficos, história, recursos, personagens, etc. 
Foi, finalmente, um jogo que mereceu ter o nome do anime. É claro que, como nem 
tudo é perfeito, há muitos aspectos negativos no game. Mas, ao contrário do 
primeiro jogo, são superados pelos positivos.
Não existe mais a palavra "linearidade" nesse jogo. Todos os locais já visitados 
podem ser acessados de novo, até mesmo aqueles onde não é preciso fazer nada. 
Muitas missões envolvem lugares onde já se esteve, e é praticamente impossível 
aumentar o seu nível seguindo apenas a história do game, sem voltar para treinar 
o personagem em algum lugar já visitado.
Foram consertados os bugs do primeiro jogo (apesar do fato de que não se pode 
mais voar por livre e espontânea vontade). Não é possível mais pegar itens 
infinitos (exceto os cookies da mãe da Bulma). O personagem, seja ele Goku, 
Gohan, Vegeta, Trunks ou Piccolo Jr., não pára de se mover, como ocorria no 
primeiro jogo, que tinha um bug que fazia com que Goku parasse de andar mesmo 
com o direcional pressionado. Aliás, um aspecto positivo é a diversidade de 
personagens a serem controlados nessa versão, cada um com suas características e 
poderes especiais.
Além disso, alguns lugares só são acessíveis com cada um dos personagens em 
certo nível, o que instiga o jogador a treinar todos. E também, cada um deles 
atinge seu nível máximo, Super Saiyajin para Goku, Gohan, Vegeta e Trunks e 
Super Namek para Piccolo Jr.. Lógico, que não se começa com todos de vez, cada 
personagem se junta ao seu time no decorrer do jogo. Curiosamente, o último 
personagem acessível é ninguém menos que Goku. Sem contar num número mais 
expressivo de inimigos que existem no game. Infelizmente, as cobrinhas e 
lobinhos tão criticados no game anterior, ainda fazem presença nessa versão, 
junto com alguns outros personagens que não condizem em nada com o estilo da 
saga, onde na maioria das vezes, estragam todo o storyline contido no game.
A movimentação do jogo agora não ocorre mais em 4 direções (para cima, para 
baixo, para a esquerda e para a direita), como na versão anterior, podendo ser 
usada as diagonais para se movimentar. Entretanto, os personagens ainda não 
"aprenderam" a disparar magias ou desferir golpes estando na diagonal, ou seja, 
os golpes sejam eles magias ou não, só são executados nas 4 direções
básicas. Isso compromete e muito a jogabilidade.  Aliás, 
sobre as magias, elas obviamente estão presentes e em maior número, porém, 
apesar de mais expressivas que as do primeiro game, ainda não convencem.
A história do jogo se passa durante toda a saga dos Andróides e termina no fim 
da saga Cell. Há, apesar da história e do grande número de missões necessárias, 
muitos side-quests, onde a grande maioria (como no primeiro game) não possuem 
nenhum nexo com a história de Dragon Ball Z, entretanto são menos ridículos que 
os do primeiro game (salvar crianças desaparecidas após um acidente é melhor do 
que achar revistas hentais do Mestre Kame). Mas isso não muda o fato de serem 
chatos. Uma das missões mais idiotas no jogo é a que seu personagem tem que 
satisfazer as vontades do Mr. Satan... 
Os menus estão mais bem-feitos do que o da primeira versão. Agora os jogadores 
dispõem do Scouter para obter um completo database dos seus inimigos, que 
existem em bem maior número e tipo do que o primeiro jogo. Há também um mapa, 
que mostra a sua localização, não só no local atual como no continente inteiro. 
Falando em continente, seu meio de transporte para acessar todo o continente 
(talvez uma Pangéia?) é o seu próprio vôo (exceto o Mr. Satan, que voa com 
o uso de jetpacks). Apesar disso, o único jeito de voar agora é ficando em cima dos 
Flying Circles e voar. Esse tipo de vôo não pode ser controlado e é usado apenas 
para mudar de tela.
Agora, o veredicto. Dragon Ball Z The Legacy of Goku II é bom? Em relação ao 
primeiro game, sim.  
Nos primeiros segundos de jogo nota-se as melhorias e a superioridade em relação 
ao primeiro game. O 
esforço da ATARI/ Webfoot para ganhar um elogio valeu a pena. Mas pode ter certeza de 
que existem games de Dragon Ball muito melhores do que esse. 
A versão japonesa de Legacy of Goku II, chamada de Legacy of Goku II INTERNACIONAL, possui além dos diálogos em japonês, seqüências de animação no estilo do anime que rolam exclusivamente nessa versão, aparecendo na apresentação e no final do game, assim como no 1ro Legacy of Goku, só que com uma resolução bem melhor que a de seu antecessor. Além disso, as imagens dos personagens principais que aparecem nos blocos de fala foram redesenhadas nesta versão, tendo um aspecto muito melhor do que as imagens horrorosas que apareciam na versão americana. Enfim, The Legacy of Goku II INTERNACIONAL é apenas a versão japonesa de LOG II, com poucos EXTRAS, ainda mais p/ um game que foi lançado no Japão 16 meses depois do lançamento da versão americana (LOG II INTERNACIONAL chegou às prateleiras japonesas no dia 23/07/2004).