Games - NES
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Parte 11
World Heroes 2
Estilo: Luta
Data: 1994
Developer/ Publisher: CONY (Cartucho Pirata)
KONAMI, SNK, NINTENDO, SEGA entre outras empresas! Apesar de World Heroes ser 
uma franquia da SNK e de que teve versões desenvolvidas para diversas plataformas, 
atingindo razoável sucesso e gerando muitas sequências, o World Heroes 2 
para NES nada tem a ver com esse da SNK. Trata-se sim, de um jogo pirata 
desenvolvido pela Cony Corp, uma softhouse que tem como especialidade produzir 
jogos de luta para NES, baseados nos jogos de luta de arcade como Street Fighter 
e Fatal Fury. Entretanto, diferentemente da grande maioria dos jogos de luta, a 
execução de magias e combos nos jogos da Cony para NES é extremamente simples, 
bastando apenas apertar simultaneamente os dois botões de golpes (chute e soco) 
somado a um botão direcional. Com isso a variedade de golpes acaba por ser mais 
do que razoável para um jogo de NES, o que acaba por proporcionar bastante 
diversão pela jogabilidade fácil, e é assim que é o World Heroes 2 da Cony Corp. 
O maior diferencial desse jogo certamente é a incrível variedade de personagens 
que mesmo sendo apenas 12 representam uma das combinações mais doidas feitas 
para um jogo e o fato de Goku figurar entre eles é o que motiva esse review. São 
eles:
Sega - Sonic
Nintendo - Mario
Nintendo - Bowser (Kupa)
Fatal Fury - Lawrence (Yeain)
Fatal Fury - Andy Bogard 
Fatal Fury - Mai Shiranui (May May)
Capcom - Street Fighter - Ryu
Capcom - Street Fighter - Chun-Li
Capcom - Street Fighter - Bison (Vega)
Capcom - Final Fight - Haggar
Tartarugas Ninja - Leonardo (Leo.)
Dragon Ball - Goku
Os nomes entre parênteses representam os nomes que aparecem no jogo. Realmente, 
não dá p/ entender por que Mai e Lawrence receberam nomes tão bizarros. 
A abertura mostra Sonic e Mario apresentando seus "times". Enquanto o "time" de 
Sonic (composto por Haggar, Chun-Li, Kupa, Goku e Ryu) é apresentado e o mesmo 
fica comemorando, Mario fica estarrecido. Logo em seguida, é a vez do "time" de 
Mario (May May, Andy, Leo., Bison, Lawrence) passar, fazendo com que Mario 
comemore dessa vez, deixando Sonic irritado.
Cada personagem tem seu próprio cenário e no geral a concepção desses cenários 
remete diretamente ao universo de cada um deles. No caso de Goku, seu cenário de 
batalha é a arena do Tenkaichi Budokai. A maioria dos cenários, assim como os 
personagens, ou foram copiados e adaptados de outros jogos, ou com um artwork 
criado "exclusivamente" pelo pessoal da Cony. No geral o artwork é bom e bem 
colorido e logicamente dizemos isso levando em conta que se trata de um jogo de 
NES. 
Porém temos um problema que é bem usual em jogos de luta antigos, quando temos 
os mesmos personagens lutando entre si um deles apresenta uma paleta de cores 
que em nada corresponde ao que esperamos do personagem. 
A jogabilidade, apesar de simples, é eficiente. Mas como nem tudo são flores, 
existem bugs que comprometem e muito a jogabilidade. Qualquer golpe executado no 
momento em que um personagem caído for levantar, fará com que o personagem que 
se levantou receba o golpe. Esse "recurso" é constantemente usado pela CPU e, a 
forma mais fácil (pra não dizer única) de vencer a CPU é também utilizando-se 
deste recurso.
Estranhamente, o Player 2 computa pontos, independente de ser um player 2 humano 
ou a CPU. Até os pontos bônus que aparecem no final do round vencido, aparece 
também p/ a CPU, só que não são computados. Isso também ocorre mesmo quando os 
personagens perdem de DOUBLE KO. Mas o pior de tudo, é que o round das lutas já 
começa no "Round 2", ao invés do 1. Simplesmente hilário.
Os personagens possuem a mesma "fala" de comemoração, ou seja, o texto "You're 
unlucky to have to fight me..." aparece p/ todos.
O jogo tem final? Se alguém considerar a tela abaixo como final...

Sim, é a única coisa que aparece... 
O som do jogo não é de se jogar fora, pois há músicas características de cada 
personagem, o que conta muito. Os golpes especiais do tipo magia são apenas 
chiados inexpressivos idênticos em todos os personagens, assim como os golpes 
comuns que possuem o mesmo efeito sonoro. Comum dos jogos de luta do NES 
(principalmente se foi feito pela CONY).
Apesar do game ter sido lançado em 1994, seu cartucho é muito difícil de ser 
encontrado, inclusive em Taiwan. O jogo em cartucho traz as telas iniciais em 
chinês (a tradução mais correta do nome do jogo seria Super Heroes 2), assim 
como os textos que aparecem na tela depois de cada batalha. Já a versão dumpada 
traz essas telas traduzidas, sendo que fica claro que o logo “World Heroes 2” 
que temos nas telas iniciais foi copiado do logo do jogo original. 
World Heroes 2 é certamente um dos mais curiosos jogos de luta já feito p/ o NES. 
O que estão esperando para desferir um poderoso Kamehameha com Goku enquanto 
apanha impiedosamente do Mario?
 
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The Ancient & Modern Heros
Estilo: Luta 
Data: Desconhecida
Developer/ Publisher: Desconhecida (Cartucho Pirata)
Encontrado em 2005 à venda no site 
de leilões especializados Yahoo Auctions de Taiwan, The Ancient & Modern Heros é 
mais um obscuro jogo de luta para o NES, envolvendo a mesma lógica em World 
Heroes 2, usando personagens de várias franquias e séries reunidos em um 
crossover com todas as limitações clássicas do console.
O jogo conta com 20 personagens selecionáveis, sendo metade destes apenas clones 
dos outros 10, típicos de todo bom jogo de luta pirata do NES. Dos 10, 6 desses 
personagens foram identificados. São eles:
Nintendo - Mario
Nintendo - Wario
The Simpsons - Bart Simpson
Hokuto no Ken - Kenshiro
Capcom - Street Fighter - Cammy
Dragon Ball - Goku
Justamente o que faz The Ancient & Modern Heros figurar na extensa lista de 
jogos de NES relacionados a franquia Dragon Ball (oficiais ou não) é a presença 
de Goku na modesta lista de personagens. 
Tudo leva a crer que o jogo usa a mesma engine dos jogos de luta da 
Cony Corp, em especial Street Fighter IV. 
As lifebars, o cronômetro, o score e inclusive um dos cenários são idênticos aos 
vistos em Street Fighter VI 12 Peoples. Abaixo, uma comparação entre The Ancient 
& Modern Heros e Street Fighter VI 12 Peoples:
 

O cenário mostrado acima de The Ancient & Modern Heros mostrado acima difere-se em pouquíssimos elementos do cenário encontrado em Street Fighter VI 12 Peoples. Isso reforça na possibilidade de The Ancient & Modern Heros ser um hack de um dos inúmeros clones de Street Fighter produzidos pela Cony Soft (já que Street Fighter VI 12 Peoples é também um clone, aparentemente de Street Fighter IV). Infelizmente, pouco mais se sabe a respeito deste jogo. Até o presente momento, não há ROM do jogo em questão. Curiosamente, há um erro de ortografia, tanto na capa do cartucho quando no nome do jogo na tela título. O jogo chama-se The Ancient & Modern Heros na capa do cartucho, The Ancient Modern Heros na tela título, mas o correto seria Heroes e não Heros!
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Street 
Fighter V 20 Peoples
Estilo: Luta 
Data: Desconhecida
Developer/ Publisher: CONY (Cartucho Pirata)
Se listarmos franquias que tiveram 
o maior número de jogos, versões, adaptações ou referências em outros jogos, 
Dragon Ball, Megaman, Street Fighter e Mario Bros. aparecem facilmente em 
qualquer lista. Mas o que mais chama a atenção em Street Fighter e Mario Bros. 
são as inúmeras versões não licenciadas ou simplesmente hacks de outros jogos 
envolvendo tais franquias. 
Produzido pela CAPCOM, Street Fighter II foi exaustivamente clonado e hackeado 
em arcades por meio de versões coreanas e chinesas do jogo original. Uma das 
versões piratas mais populares nos arcades era a tal versão onde Zangief 
executava seu Lariat e em seus pés aparecia o Yoga Flame do Dhalsim e os 
personagens de fireball como Ryu ou Guile podiam encher a tela do jogo com 
Hadoukens e Sonic Booms. Cretinice total, porém extremamente popular no Brasil o 
que lhe gerou a alcunha de "Street Fighter de Rodoviária", já que era a versão 
mais comum em botecos e em fliperamas existentes em terminais rodoviários.
Se não bastasse o sucesso assombroso de Street Fighter II, o que lhe permitiu vários hacks do jogo original em arcades, suas adaptações em consoles caseiros também não poderiam ficar sem tais bizarrices. Apesar da presença significativa da geração 16-BITS nos lares, os menos afortunados ansiavam por versões adaptadas para os consoles de 8-BITS, como SEGA Master System e o Nintendo Famicom. Infelizmente (ou felizmente) devido ao poder gráfico destes consoles, a CAPCOM prefiriu inicialmente portar seu clássico somente para os consoles da época com capacidade suficiente de manter a qualidade vista nos arcades, como Mega Drive, PC ENGINE e Super Nintendo. Porém, Street Fighter foi oficialmente portado para as plataformas mais inimagináveis por outras empresas como U.S Gold e Game Tek, gerando versões absurdamente ruins devido a incompetência dos desenvolvedores e devido ao tosco hardware. Só que apesar de tantas versões, inclusive a tardia versão para o Master System (produzida pela TECTOY), os proprietários do Nintendo Famicom nunca foram agraciados com um jogo oficial de Street Fighter II.
Mas será que fez falta? Não mesmo. 
O console da Nintendo foi palco do maior número de versões não licenciadas, 
hacks e, pasmem, hacks dos hacks da franquia Street Fighter II, produzidas por 
empresas de fundo de quintal como CONY, YOKO SOFT e GOUDER CO.. Foi neste 
console que os proprietários foram "agraciados" com versões bizarras de Street 
Fighter II e continuações como Street Fighter III, IV, V entre outras. Se foi a 
SNK que inaugurou o universo de crossovers de jogos de luta em The King of 
Fighters, produções piratas da CONY já nos agraciavam deste estilo como vimos em 
World Heroes II, colocando Ryu, Chunli e M. Bison para digladiar com personagens 
de outras séries como Sonic, Mario, Haggar (de Final Fight), dentre outros.
Não é nosso propósito listar todas as inúmeras versões conhecidas de Street 
Fighter II e variantes do Nintendo Famicom. Street Fighter V 20 Peoples é 
somente mais uma das versões existentes e o motivo de ser citado aqui está 
unicamente na sua bizarra tela de escolha, onde sabe-se lá o motivo as imagens 
dos dois personagens que aparecem nas 2 colunas da esquerda para a direita são 
de Goku! O interessante é que ao escolhermos o suposto Goku, quem aparece na 
jogatina é o Ryu! E não importa se escolhermos o Goku da primeira coluna ou da 
segunda coluna. Ambos são o personagem Ryu. Na verdade, a segunda coluna possui 
os mesmos personagens da primeira coluna, mudando apenas a palheta de cores de 
seu correspondente.
Não há nenhum elemento da franquia Dragon Ball no jogo. Os cenários na grande maioria não possuem relação alguma com os da própria franquia de Street Fighter II e até o Mario aparece em um deles ao lado de um tigre gigante. Uma maluquice só! A jogabilidade é absurdamente travada e os golpes saem com muito sacrifício, mesmo que a ativação deles seja baseada no aperto simultâneo dos 2 botões de ação do console. E as músicas do jogo não são lá grande coisa.
Enfim, Street Fighter V 20 Peoples é somente mais um hack de um outro Street Fighter qualquer do Nintendo Famicom. Talvez por erro, desconhecimento ou mesmo cretinice, trocaram o ícone de escolha do andarilho Ryu para o do poderoso Goku.