Criador de Bleach, Tite Kubo, fala sobre o impacto que Dragon Ball teve na sua infância

Criador de Bleach, Tite Kubo, fala sobre o impacto que Dragon Ball teve na sua infância. Entrevista e ilustração foram publicadas na “Dragon Ball Children Volume 6” em maio de 2003. Confira tradução:

“Qual você acha mais forte: Kamehameha ou Dodonpa?”

Esta é a minha lembrança mais antiga de uma conversa sobre Dragon Ball. Na época, eu ainda estava no ensino fundamental. Depois da aula, no caminho para casa eu tive um acalorado debate com meus amigos sobre esse assunto.

Minha opinião na época era: “O Dodonpa é definitivamente mais forte!” A rapidez entre a preparação e o disparo e a força do grito ao disparar, para não falar do fato de que, em contraste com o Kamehameha, que é disparado com ambas as mãos, o Dondopa tem tanto poder com apenas um dedo. Realmente, eu só conseguia pensar que, não importa como você via, o Dodonpa era mais forte. E, o fato dele ser temível o suficiente para fazê-lo pensar que ele realmente pode matar Goku com o Dodonpa. O maior assassino do mundo, Tao Pai Pai.

Para mim, Dragon Ball é um mangá onde os vilões são incrivelmente legais.

Isso não significa que eu não gostei dos heróis. Eu apenas gostei mais dos vilões. Começando com o já mencionado Tao Pai Pai, Chaos, Piccolo, Raditz, Vegeta, Nappa, Zarbon, Dodoria, Ginyu, Recoom e, claro, Freeza… Uma vez que você começa a escrever os nomes, não há fim. Seria mais difícil encontrar um vilão que eu não goste.

Praticamente todos eles tinham um aspecto maluco em suas personalidades, mas isso apenas destacava ainda mais sua força e temor (quem mais se encaixa nisso provavelmente era Majin Boo). Eles eram realmente tão legais que você ficava arrepiado. E, justamente porque os vilões eram tão legais, quando derrotados, eles desempenhavam seu papel mais importante, o de enfatizar a frieza dos heróis. Até hoje, lendo histórias de batalhas de outros mangás, nunca senti um choque que ultrapassasse a cena em que Trunks aparece pela primeira vez, e certamente nunca sentirei.

Um vilão deve ser forte, temível e legal. Sem exceções. O que perfurou isso em mim foi, sem dúvida, Dragon Ball. Mesmo agora, sempre que abro o mangá de Dragon Ball, renovo esses sentimentos. E, sempre que viro a página, fico arrepiado, tanto quanto naquela época.

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