Homenagens dos Mangakás da Shonen Jump nos Kanzenban de Dragon Ball (2002-2004)

Artes e comentários dos mangakás da Shonen Jump no lançamento da edição definitiva de Dragon Ball (2002-2004)

OS FILHOS DE DRAGON BALL

Segue abaixo o encarte original e tradução dos comentários de 17 mangakás da Shonen Jump que homenagearam Dragon Ball na época do lançamento da edição Kanzenban do mangá original:

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 01 (04 de dezembro de 2002)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 1

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 01: Eiichiro Oda

O que diabos vai acontecer?

“Kuririn morreu!!” Num dia de verão que nunca esquecerei, numa pousada onde meu clube da escola estava hospedado para o retiro, alguém gritava e corria pelo corredor. Na Jump daquela semana, Dragon Ball teve um grande desenvolvimento. Para nós, este foi um evento maior do que qualquer notícia da vida real. Todos nós confirmávamos isso na Jump, desmaiando em estado de choque e recitando as palavras que estávamos acostumados a dizer todas as semanas: “O que vai acontecer na próxima semana?” Ah, cara, o que vai acontecer? Sério, o que vai acontecer?

Ao longo dos 11 anos de serialização de Dragon Ball, me pergunto quantas vezes dissemos: “O que vai acontecer?”

Existe o ditado: “Só Deus sabe”, mas neste caso, assustadoramente, diz-se que o criador e Deus, o próprio Akira Toriyama-sensei, pronunciou estas palavras: “O que vai acontecer?” Ah…! Escrever na base do improviso foi longe demais.

Porém, independente da situação nos bastidores, o homem chamado Akira Toriyama — não, Goku — nunca trairia nossas expectativas. Toda semana, meninos de todo o Japão pensavam juntos: “Onde é esse lugar?” quando Goku ia para algum lugar desconhecido, e gritaríamos: “Eles vão pagar por isso!!” quando Goku ficava com raiva. Nascido na cultura exclusivamente japonesa de serialização semanal, isto é um mangá shōnen para meninos.

Dragon Ball é uma obra-prima.

Nota: Eiichiro Oda (尾田栄一郎), nascido em 01 de janeiro de 1975, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá One Piece, que atualmente é o mais vendido de todos os tempos.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 03 (28 de dezembro de 2002)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 2

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 02: Masashi Kishimoto

Sim! Sim! Nós dissemos isso! Nós dissemos isso!!

24, 25, 26, 27, 28… essa é a ordem de idade dos caras aqui onde fazemos Naruto. O assistente mais jovem tem 24 anos, eu sou o mais velho, com 28, e cada um de nós tem um ano de diferença. Estou sempre dando instruções como esta: “Faça com que a superfície no fundo deste quadro seja como o solo de Namekusei”. Isso passa por todos. Este é o nosso ponto comum, algo que permanece em nossos corações… Dragon Ball.

A expectativa que uma vez todos compartilhamos em comum: “O que diabos vai acontecer?” Quando li as palavras que Eiichirou Oda-sensei contou na primeira rodada de “Os Filhos de Dragon Ball”, eu involuntariamente respondi: “Sim! Sim! Nós dissemos isso! Nós dissemos isso!!

Durante toda a semana, todos esperariam ansiosamente por Dragon Ball, e isso sempre se tornaria um tópico de discussão compartilhado. Dos delinquentes às meninas, e até aos professores, uma grande variedade de pessoas comentava sobre Dragon Ball. Já houve algo que se tornou uma fonte de prazer para absolutamente todos, jovens e velhos, homens e mulheres?! Essa popularidade explosiva provavelmente não se limitou apenas ao nosso entorno, mas foi algo que ocorreu em todos os lugares.

Com Dragon Ball se tornando uma alegria compartilhada por todos, uma certa “regra tácita” surgiu. O tolo que quebrasse essa regra receberia uma punição equivalente a levar uma surra, ou possivelmente até mesmo ser excluído de seus amigos. Essa “regra tácita” era… “Aqueles que leram Dragon Ball na Jump primeiro naquela semana não devem falar sobre seu conteúdo para aqueles que ainda não o leram!” Em outras palavras, o idiota que rouba a diversão de todos deve naturalmente receber uma punição comparável. No entanto, depois de lê-lo, você imediatamente quer tanto falar sobre isso que não consegue evitar. Até eu quebrei essa regra tácita várias vezes e acabei mal, mas Dragon Ball era algo que as pessoas ansiavam demais.

Recentemente, algumas vezes pensei de improviso: “Goku era como um ser mágico, que poderia atrair pessoas até ele”. Agora, quando as pessoas ouvem falar em “Son Goku”, a primeira coisa que vem à cabeça de todos não é mais o Rei Macaco de Jornada ao Oeste, mas esse ser quase mágico, o Son Goku de Dragon Ball, não é?

Nota: Masashi Kishimoto (岸本斉史), nascido em 08 de novembro de 1974, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Naruto.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 05 (04 de fevereiro de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 3

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 03: Shinya Suzuki

Existe um eu que pode se perder lendo isso, como uma criança.

Ah… isso é um sonho? Pensando bem, ler o trabalho de Toriyama-sensei foi o que me fez aspirar a me tornar um mangaká. Estou muito feliz agora por poder contribuir para um trabalho tão grande do mestre. (Realmente parece um sonho…)

Ainda não amadureci completamente, mas ao ter a honra de fazer uma série na Jump e construir meu nome na mesma área que Toriyama-sensei, percebi ainda mais fortemente o quão grande mestre ele é. Para mim, ele realmente é um ser divino. Nenhum outro mangá fez meu coração bater forte todas as semanas como Dragon Ball. Não tem como.

Quero dizer, ele é Deus. DEUS, eu te digo.

Passei minha juventude indo à loja de conveniência logo de manhã no início da semana, comprando a Jump e depois indo à escola.

Ou melhor, primeiro ficava lá e lia Dragon Ball na loja de conveniência, e depois comprava! E, quando chegava à escola, todos na turma já estavam empolgados com a discussão de Dragon Ball. Naturalmente, eu não queria ficar pra trás.

Morte a qualquer um que me desse spoiler antes de eu ler! Se você descobrisse o que havia de antemão, era como se pelo menos metade da diversão daquela semana tivesse sido roubada de você. Os meninos da turma estavam sempre passando a Jump entre eles para ler.

Sempre termina em um bom momento, aquele Dragon Ball… Quantas vezes eu gritei: “Droga… O que vai acontecer depois disso…” quando terminei de ler…? Semana após semana, isso sempre fazia o coração de nós, crianças, bater forte… que trabalho cruel era esse.

Agora, me tornei um adulto em idade. Vivendo uma vida diária agitada, temo que possa esquecer aquela sensação de tirar o fôlego. Depois, sou dominado pela incerteza: “As crianças hoje em dia parecem tão ocupadas com os seus videogames, com o cursinho e com os seus celulares; será que eles conseguem realmente ler mangá e ter a mesma sensação emocionante que tínhamos naquela época?”

Em momentos como esse, eu lia Dragon Ball novamente. E de novo, e de novo…

Sim… vai ficar tudo bem! Mesmo agora, existe um eu que consegue se perder lendo Dragon Ball, que já li centenas de vezes, como uma criança.

Dragon Ball é uma obra-prima eterna. Esse sentimento de tirar o fôlego sempre permanecerá com aqueles de nós que já fomos meninos, nunca desaparecendo, não importa quantos anos se passem.

Nota: Shinya Suzuki (鈴木信也), nascido em 11 de junho de 1975, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Mr. Fullswing.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 07 (04 de março de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 4

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 04: Yoshio Sawai

O número um de longe.

Para mim, quando eu era menino, Dragon Ball era, em todas as coisas, o número um de longe.

Se eu pudesse ler Dragon Ball, seria o número um por uma margem tão ampla que eu poderia adiar qualquer outro entretenimento.

Quando me envolvi em um acidente de trânsito no ensino fundamental, pensei ao ser atropelado por aquele carro: “Não posso morrer até ler o que acontecerá em Dragon Ball”. Embora tenha sido apenas uma torção. Meu apego número um à vida era Dragon Ball. Foi o mesmo no ensino fundamental e no ensino médio.

Existem montanhas de cenas famosas em Dragon Ball. Entre elas, a que mais me chocou foi quando Nappa arrancou o braço de Tenshinhan. Essa cena me deu o maior choque de todos, de longe. Vegeta estava atrás dele só zombando, pensando que Nappa realmente não era tão forte, então experimentei uma incrível sensação de desespero. Quando terminei de ler, entrei num clima similar ao do Piccolo, pensando: “A Terra está condenada…”. No dia em que li aquele capítulo de Dragon Ball, fiquei em tal estado de choque que não consegui comer.

Foi nessa hora que pensei: “Vai, chega logo, semana que vem! É sério!” o máximo que já tive na minha vida.

Tendo me tornado um adulto dessa forma, olhando para trás agora, percebo que Dragon Ball ocupou 90% de mim. Se não fosse por Dragon Ball, acredito que minha infância teria sido definitivamente chata.

Obrigado, Dragon Ball. E Toriyama-sensei.

Outro dia, reli Dragon Ball pela primeira vez em muito tempo. “Ah, ainda é o número um de longe”, pensei.

Para mim, Dragon Ball será para sempre o número um, de longe.

Nota: Yoshio Sawai (澤井啓夫), nascido em 14 de março de 1977, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Bobobo-bo Bo-bobo.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 09 (04 de abril de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 5

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 05: Yusuke Murata

Para mim, mangá shōnen era Dragon Ball.

Quando eu era criança, meus pais praticamente nunca compravam mangá para mim. (Eles também não me deixavam assistir anime na TV.)

Nessa situação, o pequeno mangá que tive a chance de colocar as minhas mãos foram os volumes de Dragon Ball que meus amigos tinham. Essa não é uma expressão metafórica, nem nada do tipo: o único mangá shōnen que eu conhecia era Dragon Ball, e nada mais.

E então, ao reler agora que sou um mangaká, posso realmente apreciar “quão sortudo foi o fato de que que o pequeno mangá shōnen em que coloquei as mãos durante minha adolescência foi esse trabalho”.

Quando eu tinha cerca de seis anos, o choque de quando o li pela primeira vez foi enorme. A primeira coisa que me impressionou foi a beleza da arte, seu frescor, sua fofura, seu detalhamento… não é novidade, mas meu primeiro pensamento foi: “Ah, eu quero ser capaz de desenhar ilustrações tão bem assim”. Nos 18 anos desde então, meus sentimentos não mudaram. Acho que é justo dizer agora que foi amor verdadeiro. Estou louco por isso. Não sei se é certo dizer isso, mas mesmo agora, tendo feito do desenho o trabalho da minha vida, tenho que admitir que não dei um passo para longe do reino de imitar cegamente o mangá de Toriyama-sensei. Não posso evitar. É minha origem e meu ideal.

Quando estava no ensino fundamental, as pessoas ao meu redor diziam: “Seus desenhos parecem com Dragon Ball”, então houve um período em que me distanciei intencionalmente dos trabalhos de Toriyama. Depois de um tempo, quando meu estilo artístico se tornou mais exagerado e pensei que tinha esquecido em grande parte o toque de Toriyama-sensei, finalmente comecei a serialização, e o toque que havia sido rotulado como “uma imitação de Toriyama” retornou imediatamente.

Isso realmente nada mais é do que eu me rebaixando. Mas também digo que não me importo. Foi assim que percebi o quão profundamente a influência de Dragon Ball estava gravada em minhas raízes. Provavelmente, daqui em diante, continuarei meu trabalho tendo as ilustrações de Toriyama-sensei como meu ideal. E talvez sempre haja alguém, em algum lugar, que leia Dragon Ball e deseje se tornar um mangaká.

Isso porque o poder deste trabalho, que mudou a minha vida, certamente chegará a todas as gerações.

Nota: Yusuke Murata (村田雄介), nascido em 04 de julho de 1978, é um mangaká mais conhecido por ilustrar os mangás Eyeshield 21 e One-Punch Man.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 11 (01 de maio de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 6

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 06: Tite Kubo

Eu gostava dos vilões.

“Qual você acha que é mais forte: o Kamehameha ou o Dodonpa?”

Esta é a minha memória mais antiga de uma conversa sobre Dragon Ball. Na época, eu ainda estava no ensino fundamental. No caminho da escola para casa, eu estava tendo um debate acalorado com meus amigos sobre esse assunto.

Minha opinião na época era: “O Dodonpa é definitivamente mais forte!” A brevidade entre a preparação e o disparo, e a força do grito ao disparar, para não falar do fato de que, ao contrário do Kamehameha, que é disparado com as duas mãos, ele tem tanto poder com apenas um dedo. Realmente, eu só conseguia pensar que, não importa como você olhasse, o Dodonpa era mais forte. E o fato de que ele possuía um temor e presença arrepiantes o suficiente para convencê-lo – para fazer você pensar que ele poderia realmente matar Goku com o Dodonpa. O maior assassino do mundo, Tao Pai Pai.

Para mim, Dragon Ball é “um mangá onde os vilões são incrivelmente maneiros”.

Não quero dizer que não gostava do lado dos heróis. Eu simplesmente gostava mais dos vilões. Começando pelo já citado Tao Pai Pai, tínhamos Chaos, Piccolo, Raditz, Vegeta, Nappa, Zarbon, Dodoria, Ginyu, Rikum e claro, Freeza… Depois que você começa a escrever os nomes, não tem fim. Seria mais difícil encontrar um vilão que eu não goste.

Quase todos eles tinham um aspecto estranho em suas personalidades, mas isso apenas fez com que sua força e seu temor se destacassem ainda mais (a maior coleção dessas características provavelmente foi o Majin Boo). Eles eram realmente tão legais que você ficava arrepiado. E, justamente por serem tão maneiros, os vilões, ao serem derrotados, cumpririam seu papel maior, que era enfatizar quão maneiros os heróis eram. Até hoje, nunca experimentei um choque com qualquer história em quadrinhos de batalha que ultrapassasse a cena em que Trunks aparece pela primeira vez, e certamente nunca sentirei.

Um vilão deve ser forte, temível e legal. Sem exceções. O que me incutiu isso foi, sem dúvida, Dragon Ball. Mesmo agora, sempre que abro Dragon Ball, renovo esses sentimentos. E, sempre que viro a página, sinto arrepios, tanto quanto naquela época.

Nota: Tite Kubo (久保帯人), nascido em 26 de junho de 1977, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Bleach.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 13 (04 de junho de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 7

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 07: Kentaro Yabuki

O Orgulho do Vegeta-Yabuki

“Você se lembra de mim?”
“Claro que me lembro de você! Você é o Vegeta-Yabuki!

Essa foi uma conversa no meu terceiro ano do ensino fundamental, entre mim e um amigo do ensino básico de quem não tinha notícias há alguns anos. Durante o ensino fundamental e médio, mudei de escola três vezes devido ao trabalho dos meus pais, de Okayama para Kōchi, de lá para Kita-Kyūshū, e depois de volta para Okayama. Ele era um amigo de quando eu estava em Kōchi e, por alguma razão, sua impressão mais forte sobre mim foi a de que eu era bom em desenhar o Vegeta.

Desde que eu estava no ensino fundamental, se eu tivesse tempo livre, o passaria fazendo nada além de desenhar. E as coisas que eu desenhava sempre eram Goku, Vegeta ou Freeza… Personagens de Dragon Ball que eu adorava. Assim que consegui desenhar personagens de cabeça, até certo ponto, eu começaroia a desenhar um mangá original do Torneio de Artes Marciais e faria o Goku lutar contra um personagem de minha própria autoria. E o vencedor sempre seria o Goku. Pensando bem, tudo que aprendi sobre como desenhar mangá, desde as técnicas expressivas até a divisão dos quadros, foi com Dragon Ball. Se não fosse por Dragon Ball, talvez eu nunca tivesse desejado me tornar um mangaká. Mais do que tudo, Dragon Ball me ensinou “a alegria de desenhar mangá”.

Falando nisso, minha estreia na Jump não foi com meu próprio mangá, mas com Dragon Ball. Perto do final do meu terceiro ano no ensino fundamental, houve um “Concurso de Fusões” na Jump, onde você tinha que criar um personagem original fazendo dois personagens de Dragon Ball se fundirem. Eu juntei meus personagens favoritos da época, o Gohan adolescente o Trunks do futuro, para criar um personagem chamado “Gohanks”; desenhei uma ilustração e a enviei. Aí, ganhei um prêmio chamado “Prêmio Maneiro” (hehe), e ela saiu, relativamente grande, nas páginas coloridas da Jump. Essa experiência realmente me emocionou.

Já se passaram cerca de oito anos desde então, mas mesmo agora, onde trabalho, ainda tenho um monte de figures do Goku e cia que colecionei naquela época em que estava em exibição. Quando me canso de desenhar meu próprio mangá, desenho coisas como Cell e Freeza no estilo Toriyama nas margens do meu caderno. Fazendo isso, sinto-me estranhamente animado e ganho mais energia. Nada mudou desde o ensino fundamental. Acredito que continuarei sempre desenhando mangás.

Nota: Kentaro Yabuki (矢吹健太朗), nascido em 04 de fevereiro de 1980, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Black Cat e ilustrar o mangá To LOVE-Ru.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 15 (04 de junho de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 8

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 08: Yasuhiro Kano

A razão de seu apelo inabalável

“Uau! Olha que lindo isso!”

Os belos cenários. E, desenhado no meio disso, o garoto tão fofo que imediatamente chamaria sua atenção, Goku. Quando as cores da primeira página do primeiro capítulo chegaram aos meus olhos, o tempo parou para mim por um bom tempo.

A partir daí fiquei cativado por esse grande conto de aventura. Este trabalho, um tesouro de encantos, era algo que eu esperava tanto a cada semana que mal podia esperar. Oolong, Mestre Kame, Kuririn… sempre que o grupo de amigos crescia, eu ficava animado com o que aconteceria a seguir, e sempre que um inimigo poderoso como Vegeta, Freeza ou Cell aparecia, eu mal podia esperar para quando Goku os derrotaria. Mesmo lendo novamente agora, não desapareceu nem um pouco; sinto o mesmo que naquela época. Mesmo enquanto estou lendo, mal posso esperar pela próxima cena.

Para mim, o apelo de Dragon Ball era seu mundo completo e a encantadora individualidade dos personagens. Foi divertido só de olhar o cenário que aparecia, e os carros, naves espaciais e tal. Mas não fiquei satisfeito com isso e pensei: “Seria bom se eu pudesse desenhar algo assim”, então passei muito tempo copiando-os. Pensando nisso agora, pode ser que meus sentimentos de querer desenhar, e meus sentimentos de que desenhar era divertido, tenham começado com Dragon Ball.

Depois, temos os personagens. Qualquer personagem que aparecesse era tão adorável e atraente que você não poderia deixar de gostar deles, e tudo o que eles faziam era interessante. Mesmo os inimigos, que normalmente deveriam enojá-lo, tinham algo de agradável neles, o que era estranho. Entre eles, acho que o trio Goku, Bulma e Piccolo são meus 3 personagens favoritos de todos os mangás que conheço. Bulma, que sempre foi alegre e fofa, é minha imagem de heroína definitiva, e Goku, que nunca te decepcionaria, não importa o que acontecesse, é o tipo de personagem principal que admiro. E ainda temos o Piccolo, que como vilão era mais forte do que qualquer um, e mesmo depois de se tornar um aliado, era mais confiável do que qualquer outro. Ainda não consigo esquecer meu choque quando ele morreu se jogando na frente para proteger o Gohan. Acredito que ele continuará a ser meu personagem favorito de agora em diante.

O que chamamos de mangá é a personificação das imagens na cabeça do criador. O que você pode sentir ao longo da primeira metade de Dragon Ball é o quão grandes e abundantes são as imagens na cabeça de Toriyama-sensei. É ilimitado. Sinto isso com ainda mais força agora que estou na posição de desenhar meu próprio mangá. E, além de abundante, também é consistente. Acredito que é precisamente por isso que mesmo agora, anos depois de concluído, em vez de desaparecer, parece extremamente fresco e transbordante de apelo.

Não importa quando e não importa o que aconteça, sempre irá me cativar. Dragon Ball é esse tipo de trabalho.

Nota: Yasuhiro Kano (叶恭弘), nascido em 16 de dezembro de 1970, é um mangaká mais conhecido por criar os mangás Pretty Face e M×0.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 17 (04 de agosto de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 9

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 09: Mikio Ito

No fim das contas, gosto porque é divertido.

Dragon Ball estava na capa da primeira Jump que comprei. Comecei a ler a Jump bem tarde; Acho que foi quando eu estava no terceiro ano do ensino fundamental. Eu quase não tinha lido nenhum mangá, muito menos a Jump. Quando era criança, minha cidade natal, Yokohama, ainda tinha terrenos baldios e bosques, então todos os dias eu fazia coisas como jogar futebol ou beisebol, caçar insetos, enfiar fogos de artifício no cocô e explodi-lo ou ler uma revista feminina que foi descartada; Eu era uma criança que gostava muito de atividades ao ar livre. Mas à medida que fui crescendo, surgiram condomínios nos lugares onde eu brincava, e as crianças com quem brincava foram para diferentes escolas secundárias; por causa disso, parei de brincar lá fora. Naquela época, quando voltava do ensino fundamental para casa, alguém gritou atrás de mim: “Kuririn morreu—!!”

Quando ouvi isso, meu pensamento foi: “Quem?!” Mas os caras ao meu redor eram diferentes. “É sério?!!” “De jeito nenhum que isso rolou!!” “Deixe-me ver também!!” O caminho da escola para casa estava tumultuado. Vendo o estado de empolgação dessas pessoas bem diante dos meus olhos, comecei a me sentir um pouco envergonhado por não saber quem era Kuririn, então disse: “Ah, então é verdade”, assumindo uma atitude como se soubesse quem era o Kuririn há muito tempo. Foi neste incidente que comecei a ler Jump.

Eu apenas gosto. É simplesmente agradável. Quando eu era criança, pouco importava por que era divertido, mas se pensar nisso agora, acho que a razão pela qual gostei de Dragon Ball foram as poses e os vilões. Todos imitavam o Kamehameha, o Taiyouken, o Kikouhou, o Kienzan, o Makankosappo, etc. Qualquer um que você escolhesse, era uma pose simples que qualquer um poderia fazer. Mas, apesar disso, era legal, e se você fizesse aquela pose, sentiria que poderia fazer a técnica também e iria praticá-la. Bem, eu realmente posso fazer um Kienzan. Hehehe.

O que me leva ao meu outro motivo: os vilões. Do Tao Pai Pai ao Tenshinhan, Piccolo, Vegeta e Freeza, eles não são apenas maus, eles são cruéis. Inimigos detestáveis. Meu coração gritava: “Droga, quem esse cara pensa que é? Faça alguma coisa, Goku—!!!” Quanto mais malvado for o vilão, mais irresistível será a alegria quando eles forem derrotados.

Não importa o que eu escreva, é apenas uma reflexão tardia. Eu gosto porque é divertido. No fim, acho que, como fã, todo o meu argumento se resume a essa frase.

Do ponto de vista de um fã, é divertido; da perspectiva de um mangaká, é invejável.

Para mim, Dragon Ball é esse tipo de mangá.

Nota: Mikio Ito (いとうみきお), nascido em 26 de março de 1973, é um mangaká mais conhecido por criar os mangás Normandy Himitsu Club e Nazo no Murasame-kun.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 19 (04 de setembro de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 10

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 10: Nakaba Suzuki

A próxima semana não pode chegar mais cedo?

Quando eu era menino, meu irmão mais novo sempre lia a Jump antes de mim.
Na verdade, é mais correto dizer que deixei ele ler.

Naturalmente, sentia tanta necessidade de ler primeiro que recorria ao roubo, mas mesmo que tentasse, sempre acabava lendo depois. Até a manhã do dia seguinte (obviamente, muitas vezes eu chegava atrasado à escola).

Por que demorava tanto tempo pra ler uma única revista, você se pergunta?
É simples. Porque Dragon Ball era muito divertido.

Uma ou duas horas seriam suficientes para ler a própria Jump, mas apenas para este mangá, isso não era o suficiente. Isso porque, toda semana, eu lia dezenas de vezes, saboreando (de canto a canto de cada quadro)

Lembro-me de ter ficado tão chocado quando Freeza mudou para sua forma final que considerei ficar em casa e não ir à escola. O design era simples, legal, de aparência forte e capaz de fazer você sentir um medo avassalador. E, tanto quando eu era criança quanto agora que desenho mangá, fiquei maravilhado com o poder do Toriyama-sensei, que conseguia desenhar isso tão facilmente.

Eu queria tanto saber os acontecimentos da semana seguinte que virava as páginas repetidas vezes, suspirando a cada vez.

Naquela época——————— “O Dragon Ball da próxima semana não pode sair mais cedo?” Algum dia, quero desenhar um mangá sobre o qual as pessoas vão falar assim. Dragon Ball não apenas me permitiu me divertir, mas também, mesmo que um pouco, me permitiu nutrir grandes ambições. Obrigado, Dragon Ball!!

Ah, a propósito, meus personagens favoritos são Goku e Vegeta.

Nota: Nakaba Suzuki (鈴木央), nascido em 08 de fevereiro de 1977, é um mangaká mais conhecido por criar os mangás Kongou Banchou e Nanatsu no Taizai.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 21 (04 de outubro de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 11

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 11: Kenichi Sakura

“Toriyamania” pura e não adulterada.

Tendo aparentemente conversado com meus pais dizendo “Kiiin”, “N’cha!” e “Hoyo”, eu simplesmente adorava Toriyama-sensei desde pequeno.

Nota: Todos são bordões de Arale Norimaki, protagonista de Dr. Slump.

Quanto a Dragon Ball, eu não tinha dinheiro para comprar a Jump todas as semanas quando estava no ensino fundamental, então fui lê-la em uma loja de okonomiyaki no meu bairro, onde você podia comer por 100 ienes.

Meus amigos e eu estávamos tão desesperados que juntávamos um pouco de dinheiro de cada vez e pedíamos um okonomiyaki. Então ignoraríamos a comida e afundaríamos nossos dentes em Dragon Ball.

Eu gostava tanto de Dragon Ball que recortava os quadros das minhas páginas favoritas dos volumes (pensando agora, fiz algo impensável), os colava em meu caderno e trabalhava com o máximo de diligência escrevendo comentários e coisas assim. (E grátis, para começar.)

Sentar no estilo seiza em frente à TV cinco minutos antes do início do anime era a regra. Eu fazia com que [meus pais] me comprassem algo chamado “Koro-chan Pack” ou outro, e ouvia toda semana. “Agarre-se ao romance”, “Lobo Solitário”; mesmo agora, consigo cantá-las perfeitamente!!

Nota: “Agarre-se ao romance” é um trecho da música Mezase Tenkaichi e “Lobo Solitário” é um trecho da canção Urufu Harikēn, ambas sendo trilhas sonoras do DB Clássico.

Quanto mais penso nisso, quanto mais releio, mais [percebo que] Dragon Ball é o que me fez começar a querer fazer mangá shōnen.

Eu amo Dragon Ball!

 

Nota: Kenichi Sakura (佐倉ケンイ) é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Dragon Drive.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 23 (04 de novembro de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 12

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 12: Kenjiro Takeshita

Um Pervertido Descontraído.

“Pafu-Pagu”. Essas palavras, que de repente entraram em meu cérebro na sexta série, incomodaram meu coração por muito tempo.

Imaginando como seria apertar meu rosto entre um par de seios, para começar, enterrei meu rosto nas nádegas de aparência semelhante da minha amiga e criei uma memória fedorenta.

Tendo sido criado em uma família relativamente rigorosa, fiquei terrivelmente envergonhado de mim mesmo e de meu interesse excessivo pelo sexo oposto, que até me perguntei: “Está certo eu ser tão pervertido? E se eu não me tornar um adulto decente?”

O que finalmente me libertou foi o Mestre Kame.

Vê-lo dizer coisas como “A calcinha de uma garota” ou “Me deixa cutucar seus peitos” com um olhar lascivo no rosto, mesmo sendo um homem grande o suficiente para ser chamado de Muten Rōshi (Mestre das Artes Marciais Celestiais), ser respeitado por todos os artistas marciais e até explodir a Lua em pedaços, lembro-me de me sentir estranho, como se tivesse sido resgatado, tipo: “Ah, então não há problema em ainda ser um libertino, mesmo para um adulto dessa estatura”. Não está limitado a Dragon Ball; em Dr. Slump, também, aparece o Dr. Senbei, que apesar de ser o cientista mais genial do século, é um pervertido desesperado e usa seu intelecto para esses fins. Ele não é apenas incrível; ele tem seus defeitos. Ele tem alguma falha descuidada em algum lugar. Acho que é por isso que os personagens de Toriyama são tão amados.

Eu quero olhar as garotas

Da segunda metade de Dragon Ball em diante, o papel das personagens femininas na história quase desapareceu. Talvez isso por si só seja adequado para um mangá shōnen, mas as garotas desenhadas por Toriyama-sensei eram realmente muito atraentes e fofas, então, sem dúvida, eu gostaria de ver outro mangá onde as garotas desempenhassem um papel ativo.

Nota: Kenjiro Takeshita (竹下堅次朗), nascido em 24 de dezembro de 1974, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Happy World!.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 25 (04 de dezembro de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 13

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 13: Norihiro Yagi

A cena memorável da derrota do Goku.

Quando se trata da cena mais chocante de Dragon Ball… Acho que, dependendo da pessoa, uma variedade de cenas pode vir à mente.

A morte de Kuririn, o aparecimento de Piccolo Daimaoh, como Goku se casou assim que se tornou adulto, a transformação Super Saiyajin, o aparecimento de Trunks…

Acho que não há fim para os exemplos que você poderia dar, mas me arrisco a trazer à tona a derrota de Goku em sua luta contra Tao Pai Pai.

Pensando bem, não foi esta a primeira derrota do personagem principal do mangá de Toriyama, que possuía uma força quase perfeita? Não, ele definitivamente perdeu no Torneio de Artes Marciais para o alter ego do Mestre Kame, Jackie Chun, e por pouco perdeu para Tenshinhan, mas até aquele ponto, ele nunca havia sido derrotado tão completamente por alguém tão malvado e desprezível.

Claro, depois disso, ele recebeu treinamento do Mestre Karin e virou o jogo em uma conclusão emocionante, mas na hora, levei um choque como o de ser traído por alguém em quem confiava, e Dragon Ball, que até então era visto como uma divertida comédia de aventura, tornou-se a partir daí um mangá imprevisível e cheio de suspense do qual você não conseguia tirar os olhos.

Pessoalmente, acredito que esta, em particular, foi uma cena importante que poderia ser considerada o ponto de virada nos desenvolvimentos que se seguiram e, de qualquer forma, é uma cena que me marcou bastante. Porém, o fato de eu ter escrito tanto sobre isso quando a ilustração não é do Tao Pai Pai é porque desenhei a ilustração antes de escrever o texto.

Nota: Norihiro Yagi (八木教広), nascido em 1968, é um mangaká mais conhecido por criar os mangás Angel Densetsu e Claymore.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 27 (04 de dezembro de 2003)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 14

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 14: Arina Tanemura

O mangá entre os mangás!!

A geração Dragon Ball… sem dúvida sou um membro dela. Comecei a comprar a Jump logo quando Dragon Ball começou sua serialização. Embora meu irmão mais velho e eu ficássemos juntos empolgados com os desenvolvimentos semanais, havia também o anime e, além disso, os jogos; pensando nisso agora, acredito que realmente os adorava. Eu gostava especialmente da Bulma e, claro, do Goku! Essa dupla realmente me atraía, então mesmo depois que eles pararam de fazer coisas juntos, eu ficava tão feliz quando acontecia uma cena ocasional deles se encontrando ou conversando que não conseguia me conter.

E claro, o que mais gostei em Dragon Ball foram os seus desenvolvimentos inesperados e apelativos!! Goku crescendo (em altura), se casando e tendo filhos (bem, são coisas comuns, mas acho que era surpreendente para o personagem do Goku…), o Rei Demônio e Deus sendo a mesma pessoa, o parentesco de Trunks, os Saiyajins se tornando Super… de qualquer forma, é simplesmente maravilhoso!!

Quando eu era leitora, simplesmente achava divertido! Mas agora que tive o privilégio de ser elevada à mesma posição, conhecida como “autora”, eu o respeito de verdade… ou melhor, acho que ele é um Deus. Realmente não há nenhuma retícula nas páginas. É verdadeiramente simples, mas lindo, tem impacto e é fácil de ler. É o ideal!

Elas foram usadas nos encerramentos do anime também, mas sempre gostei muito das ilustrações com os personagens reunidos. Você podia sentir especialmente o amor que estava presente nos designs dos carros e motos que Toriyama-sensei desenhava, e nos mechas e máquinas que ele mesmo projetou; Não tenho apenas uma, mas duas de suas coleções de ilustrações. ♪

Personagens adoráveis, uma história atraente, desenvolvimentos magníficos, ilustrações enérgicas… Dragon Ball é um mangá entre os mangás! A própria essência!!

De agora em diante, tanto como fã individual quanto como humilde autora, quero continuar amando com todo o meu respeito!!

P.S. Quando estamos com sono no trabalho, jogamos o jogo “Linha Yamanote”; quando fazemos isso, a categoria onde todas as oito pessoas são capazes de continuar falando nomes de personagens indefinidamente é Dragon Ball. Mm-hm, é realmente incrível!!

Nota: O jogo “Linha Yamanote”, também chamado de “Kokon-Tōzai”, é um jogo de bebida japonês muito popular. Os jogadores escolhem um tópico, como “Estações na Linha Yamanote de Tóquio”, e então cada pessoa tem que dizer o nome de algo nessa categoria, sem hesitar ou repetir o que outra pessoa disse.

Nota: Arina Tanemura (種村有菜), nascida em 12 de março de 1978, é uma mangaká mais conhecida por criar os mangás Kamikaze Kaitou Jeanne e Full Moon wo Sagashite.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 29 (04 de fevereiro de 2004)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 15

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 15: Ryo Azuki

Um “sabor oculto” requintado?!

Aqui está minha classificação dos personagens que amo em Dragon Ball ~♪

1º lugar: Bulma!! 2º lugar: Mestre Kame!!

Aliás, o 3º lugar em diante continua com Son Gohan, Goku, Trunks, etc… mas vendo isso, acho que os fãs ortodoxos (?) de DB irão naturalmente levantar suas vozes em dissidência. No entanto, por favor, tenham paciência comigo.

Para mim, o apelo de DB não está apenas no impacto ou no quão maneias as cenas de batalha são, mas também na diversão dos personagens!! Só para mencionar os vilões, desde o início do mangá em que era uma aventura cômica, temos Pilaf-sama e o Exército Red Ribbon… e uma vez que ele mergulha em uma história séria de ação e batalha, temos a Tropa Ginyu (eles podem deixar até mesmo Freeza sem palavras, então não são pouca coisa!)……

Se formos mencionar personagens aliados, não há fim para eles, mas entre eles, meus dois primeiros, de longe, brilham intensamente – Bulma e Mestre Kame! E, de certa forma, são os mais fortes?! O tempo em que Kame era chamado de “O maior do mundo, o grande Muten Rōshi” já passou e, ao longo do caminho, ele para de lutar, mas seu espírito indomável ainda está vivo. Acariciar a bunda da enfermeira enquanto finge ser um velho senil… Se você é homem, tem que ser durão assim! No que diz respeito aos homens normais, eu me preocuparia com a família Son, que é pura o suficiente para andar na Nuvem Voadora mesmo depois de se tornarem adultos de verdade. (hehe)

Depois, tem a mulher imbatível, Bulma-chan!! No meio de lutas de vida ou morte em Namekusei, como meu coração se suavizou ao ver você se preocupar mais com sua pele do que com sua vida, ou por se apaixonar por um inimigo bonito…! Mesmo naquele outro futuro, devastado pelos Androides, aí está você, sobrevivendo astutamente. Aliás, na história do Trunks que veio do futuro, Piccolo, Vegeta e Goku foram todos mortos, mas eu acredito, como de costume, que o Mestre Kame provavelmente ainda está vivo. Pois é.

É justamente pelo apoio desses famosos personagens secundários que podemos respirar um pouco entre as grandes batalhas da história principal… Esse espírito brincalhão é o sabor oculto do mundo DB!?

Irei amá-lo para sempre!!

Nota: Ryo Azuki (亜月亮), nascido em 30 de agosto de 1970, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Love Wan!.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 31 (04 de março de 2004)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 16

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 16: Koshi Rikudo

O personagem principal é realmente o Goku.

A primeira coisa que me lembro é da cena em que um menino com rabo corta lenha gritando “Supopopo—!” Mais tarde, não haveria uma pessoa no Japão que não soubesse quem ele era; aquela cena foi a primeira aparição do personagem “Son Goku”.

Dragon Ball foi serializado por cerca de 10 anos, se não me falha a memória; começou quando eu estava no ensino fundamental e terminou quando me formei na universidade… por volta de 1995, eu acho. Já se passaram oito anos desde então.

E, no entanto, mesmo quando o reli agora, ainda não desapareceu nem um pouco!

Pelo contrário, relendo a partir da perspectiva de um ilustrador, sinto ainda mais a sua grandiosidade.

Provavelmente não existem muitos trabalhos em que quase qualquer pessoa possa conversar sobre “aquele personagem…”, incluindo heróis e vilões. E poder conversar, sem problemas, com alguém dez anos, ou mais, mais velho ou mais novo que você, ainda por cima.

Como a maioria das pessoas, gosto do personagem principal, Son Goku, e fiquei empolgado na época do desenvolvimento do Super Saiyajin; afinal, ele estava [enfrentando] Freeza, o cara mais “malvado” que você poderia imaginar na obra até aquele ponto (o segundo seria o Dr. Gero).

Quando, ao longo do caminho, parecia que Gohan seria a estrela, tenho que admitir, fiquei um pouco desapontado. Mas no fim das contas, Son Goku foi o personagem principal até o final, e quando concluiu com ele continuando a proteger o mundo como o mais poderoso, enquanto eu lamentava ver isso acabar, gritei de alegria.

Nota: Koshi Rikudo (六道神士), nascido em 16 de novembro de 1970, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Excel Saga. No entanto, como Excel Saga foi publicado por uma empresa diferente (Shonen Gahousha), ele provavelmente foi autorizado a participar por causa de sua associação com a Shueisha através de sua série Arahabaki, que foi publicada na Ultra Jump, de 2000 a 2002.

 

Dragon Ball Kanzenban – Volume 33 (02 de abril de 2004)

Panfleto Informativo de Dragon Ball Nº 17

OS FILHOS DE DRAGON BALL – Volume 17: Kota Hirano

Eu desenhava DB

Você pode fazer um Kamehameha se se esforçar.

Olhando pelo canto do olho para meus colegas de classe, que, acreditando firmemente nisso do fundo de seus corações, repetiam os movimentos do Kamehameha váras vezes como bonecos mecânicos, eu estava desenhando algo que não era exatamente uma ilustração e não era exatamente um mangá, como:

O Exército Red Ribbon
Que retratava o Exército Red Ribbon conquistando o mundo;

Eu, Bulma e Lunch em uma Ilha do Sul
Onde morava em uma ilha ao sul por muitos anos, enquanto namorava Bulma e Lunch;

Tao Pai Pai e eu, Golgo e um Gundam
Onde, enquanto Gundam e Tao Pai Pai lutavam até a morte, Golgo 13 e eu estávamos presos num combate mortal em Kita-Senjū.

Quando eu mostrava isso para meus amigos ou colegas de classe, eles diziam: “Não desenhe essas coisas; desenhe Goku ou Piccolo”, então eu desenhava Yamcha derrotando totalmente o Piccolo Daimaoh com seu Rōga Fū-Fū Ken, até ele virar uma poça de sangue, assim como vencendo o Torneio de Artes Marciais 10 vezes seguidas como um demônio, ou o Goku transformado em um macaco gigante esmagando seu avô adotivo, e eles realmente odiavam isso.

Esses foram meus anos escolares.

Além disso, eu estava sempre fazendo imitações do Freeza. Constantemente. Até que a professora me bateu.

Além disso, consegui me tornar um mangaká depois de ler o “Mangaká: Lições de Akira Toriyama” do sensei.

Ah, e também, na próxima, vou me casar com a número 18.

Justo. Justo. Justo.

Nota: Kota Hirano (平野耕太), nascido em 14 de julho de 1973, é um mangaká mais conhecido por criar o mangá Hellsing. No entanto, como Hellsing foi publicado por uma empresa diferente (Shonen Gahousha), ele provavelmente foi autorizado a participar deste projeto por causa de sua associação com a Shueisha para o mangá Gunmania.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*

INSCREVA-SE NO NOSSO CANAL!